“Será que terapia vai mesmo me ajudar?”
Se você está buscando psicoterapia, é provável que já tenha se feito essa pergunta em silêncio. Talvez esteja passando por um momento difícil, sentindo-se confuso(a), sobrecarregado(a) ou simplesmente cansado(a) de repetir os mesmos ciclos. E junto com a vontade de mudar, vem a dúvida: “Será que isso é pra mim?”
A verdade é que muitas pessoas chegam à terapia assim — com um pé na porta e o outro ainda cheio de receios. Isso é normal.
Talvez você pense que “tem gente com problemas piores” ou que “já devia ter dado conta sozinho(a)”. Mas a psicoterapia não é sobre ter um “motivo grande o suficiente” — é sobre ter um espaço onde você possa se ouvir com mais clareza, com mais profundidade, e com menos julgamento.
A terapia não traz respostas prontas. Mas ela te ajuda a construir perguntas melhores. A sair do automático. A reconhecer o que está doendo de verdade. E, aos poucos, encontrar caminhos mais leves, mais conscientes, mais seus.
Você não precisa ter tudo claro pra começar. Basta ter abertura. Porque o processo terapêutico é, acima de tudo, um encontro consigo mesmo — com tudo que você já é, com tudo que está tentando entender, e com tudo que ainda pode vir a ser.
Se você tem vontade de fazer terapia, mesmo que ainda exista medo ou dúvida, vale a pena buscar essa ajuda.
Talvez você esteja enfrentando um momento de sofrimento emocional mais intenso, esteja lidando com decisões difíceis, com crises de ansiedade, com relações que se tornaram desgastantes, ou apenas sentindo que algo não está bem, mas você não sabe exatamente o quê.
Essa incerteza é comum. E junto com ela, vêm outras dúvidas:
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“E se eu não souber o que dizer na sessão?”
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“Será que vou me sentir à vontade com o(a) terapeuta?”
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“E se eu não conseguir mudar?”
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“Será que não estou exagerando? Tem gente passando por coisas piores…”
Essas perguntas, muitas vezes silenciosas, revelam o quanto fomos ensinados a carregar sozinhos. A adiar a dor, a minimizar o que sentimos, a seguir em frente no piloto automático. Mas a verdade é que você não precisa esperar tudo desmoronar para buscar ajuda. E também não precisa ter tudo claro para começar.
Talvez você se surpreenda ao perceber que aquela sensação de “não saber por onde começar” é o começo. Porque, na terapia, não é preciso ter um roteiro. Basta ter disposição para se encontrar.
E sim, pode ser desconfortável em alguns momentos. Olhar para dentro exige coragem. Mas é nesse processo que as mudanças mais significativas começam a acontecer — às vezes devagar, quase imperceptíveis. Outras vezes, como um alívio que você nem sabia que estava precisando.