O Brasil é considerado pela OMS como um dos países mais ansiosos do mundo. Por volta de 19 milhões de brasileiros sofrem com o transtorno de ansiedade que se manifesta de diversas formas, uma delas é a ansiedade social. Mas o que é fobia ou ansiedade social?
A ansiedade social também é conhecida como fobia social e é um problema comum que afeta muitas pessoas em todo o mundo. É caracterizada por um medo intenso e persistente de situações sociais, como falar em público, comer na frente de qualquer público, conhecer novas pessoas ou participar de eventos sociais. É comum que quem sofre de fobia social sinta medo de ser percebido em suas fraquezas e inseguranças. Embora todos possam se sentir ansiosos ou constrangidos diante de outras pessoas, o problema é quando esses sentimentos são muito intensos e impedem que a vida se desenvolva normalmente. Quando se trata de ansiedade social, ela pode ser debilitante e interferir na vida pessoal e profissional das pessoas afetadas.
Alguns sintomas que aparecem quando uma pessoa se vê em uma situação de interação social podem sugerir uma dificuldade mais exacerbada. São eles:
Sintomas Físicos
- Alteração dos batimentos cardíacos
- Enjoo
- Tremedeira
- Suor excessivo
- Tontura
- Boca seca
- Rosto vermelho
- Dor de barriga
Sintomas comportamentais
- Medo de interagir com outras pessoas
- Medo de ser percebido nervoso e ansioso
- Preocupação com constrangimento ou humilhação
- Ansiedade extrema antes de algum evento social
- Receio em ser destaque ou ser avaliado
- Medo de se posicionar em uma conversa
- Dificuldade em manter contato visual com alguém durante uma conversa
Quais são algumas estratégias para lidar com a ansiedade em situações sociais?
Primeiramente, é importante reconhecer a ansiedade em vez de tentar simplesmente suprimi-la. Com a consciência do que uma situação social pode provocar, é mais fácil começar a identificar alguns gatilhos que levam a uma piora desse quadro, como situações, pessoas ou pensamentos específicos. Isso ajuda a diferenciar e eleger situações que permitam uma exposição da pessoa a situações que sejam menos mobilizadoras.
Caso seja um quadro que afete significativamente a vida pessoal e/ou profissional, uma ajuda especializada pode ser importante. Uma psicóloga pode ajudar nesse processo e trabalhar para encontrar recursos para uma vida mais saudável e confortável. Em alguns casos, pode ser necessário aliar psicoterapia e uma intervenção medicamentosa feita por um psiquiatra.
Algumas pessoas, por falta de conhecimento, deixam de identificar o problema e vão perdendo gradativamente a qualidade de vida. É fundamental, então, compreender que é possível receber ajuda e que cuidar para uma vida saudável e relações sociais equilibradas e satisfatórias.